Incluir alunos especiais em sala normais é um constante desafio aos professores de educação especial e, comigo não seria diferente...Em 2011, iniciei o ano letivo muito preocupada com alguns alunos que já estavam entrando no seu 3º ano de classe especial e ainda não apresentavam condições de serem inclusos em suas séries novamente por não estarem alfabetizados. Resolvi investir as últimas fichas e trabalhei muito, mas muito mesmo a alfabetização e tenho conseguido bons resultados com eles, tanto que 1 menino já foi incluso no 1º ano no meio do ano e mais três vão seguir seus caminhos no ano que vem inclusos no 2º ano. Sabemos que é difícil trabalhar a questão das diferenças idade/ série, mas com o apoio da equipe diretiva e o trabalho excelente de nossos professores, estas inclusões têm dado bons resultados. Lembro que os alunos quando saem das classes especiais passam a ter acompanhamento nos atendimentos educacionais em sala de recursos, o que também temos em nossa escola. Cabe salientar que este trabalho já acontece há muitos anos e lastimo muito pela intenção de nossos governantes em fecharem todas as classes especiais, quando deveria ser bem ao contrário. O governo deveria levar em conta a não preparação de todos os professores para uma inclusão total dos alunos sem que haja um trabalho de base bem feito com eles para que possam acompanhar seus colegas e serem passados de ano por merecimento e não por simples promoção. incluir todos os alunos com necessidades especiais em escolas regulares não significa acabar com o analfabetismo e muito menos aprovar alunos que não tem condições de acompanhar os conteúdos de sua série,,imaginem os da série seguinte, mesmo fazendo uso de suas adaptações curriculares. Sei que este assunto é polêmico e que muitas pessoas tem pontos de vista diferentes do meu, mas sei que estamos lidando com pessoas que possuem sentimentos e que, por maior dificuldade que tenham, um dia se darão conta de que "não sabem o que seus colegas sabem" e isto pode gerar muitos problemas de ordem psicológica, principalmente.
Nossos representantes no governo deveriam refletir todas as possibilidades de uma inclusão antes de implantar novas utopias em nossos amado Brasil.
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